Pregação & Estudos

Cristo é a nossa razão de ser

Pr. Raphael Abdalla

Texto: João 6:66-69

O sexto capítulo do Evangelho narrado por João trata-se de um misto de emoções. Dos sete sinais milagrosos narrados pelo evangelista, dois estão nesse capítulo – a multiplicação dos pães e peixes (vs. 1-15) e Jesus andando sobre o mar (vs. 16-22).

Em seguida, Jesus se identifica como o pão da vida (v. 35), o que leva a murmuração dos judeus. O misto de emoções começa pois Jesus passa a endurecer sua fala, a ponto que “muitos dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (v. 60)
Diante desse cenário, Jesus identifica dois grupos: aqueles para quem Ele era a razão de ser e aqueles para quem Ele não era. Isso fica claro no versículo 64: “Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair.”
Portanto, vamos a algumas verdades sobre Cristo, a nossa razão de ser.

1. Jesus não apenas conforta, mas também confronta. (v. 66)

Que triste constatação: “muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com Ele.” Não foram poucos. Nem alguns. Foram muitos. Também não foram os estrangeiros. Nem outros povos. Foram seus próprios discípulos. Claro! O discurso de Jesus passou a confrontá-los. Enquanto eram os milagres e as palavras de conforto estava tudo bem em segui-lo. Quando chega o confronto, ocorre o abandono. Ter Cristo como razão de ser é aceitar ser por Ele confrontado.

2. Jesus não quer seguidores obrigados. (v. 67)

Jesus não quer estabelecer um relacionamento de coação conosco. Não quer que o sigamos por piedade à sua história de dor (até porque a ressurreição foi a última palavra). Diante do abandono, Jesus não disse aos doze: “Por favor, não me deixem.” “Eu imploro que não me larguem, muitos já foram.” Pelo contrário, Jesus disse: “Algum de vocês quer ir embora também?” Ora, ter Cristo como razão de ser é segui-lo voluntariamente e não por imposição.

3. Jesus é nossa razão de ser. (vs. 68-69)

Pedro responde a Jesus com a expressão: “Para quem iremos nós?” Isto é, não há outro caminho. Ele completa: “Tu tens as palavras de vida eterna”. Isto é, não há outro Verbo. Jesus não é um caminho, uma verdade e uma opção de vida. Ele é o caminho, a verdade e a vida (Jo. 14:6). Segui-lo é renunciar ao mundo. Não há acessórios a Jesus. Ter Cristo como razão ser é segui-lo com exclusividade. Por fim, ele é o caminho de experiência. O versículo 69 usa dois verbos de Pedro
sobre Jesus “crer” e “conhecer”. Não basta crer. Tiago 2:19 nos ensina que até os demônios creem. Precisamos conhecer a Deus e prosseguir em conhece-lo (Oséias 6:3). Ter Cristo como razão de ser é ter experiência genuínas com Ele.

Conheça a Cristo hoje e faça Dele a sua razão de ser também.

Pr. Raphael Abdalla

Pr. Raphael Abdalla

Casado com Ana Paula.

Graduado em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em Teologia pelo Centro de Educação Teológica Batista do Espírito Santo (CETEBES) e em Mecânica, nível técnico, pelo Instituto Federal do Espírito Santo (IFES).

MBA em Liderança e Gestão pela PUC-RS.
Membro da Diretoria da Convenção Batista Brasileira (CBB).
Presidente da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES).
Colabora como professor no Seminário Teológico Batista Mineiro e na Lifeshape Brasil (Brasília).
Foi Presidente da Subseção Guarapari da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil – Seção Espírito Santo.
Integrante da Ordem dos Advogados do Brasil.
Idealizador do projeto REDES de Voluntários que atua na promoção de dignidade social à comunidade local.