Devocional
#11 “Por que importa? Somos discípulos”
Texto bíblico: Filipenses 1:21/ Gálatas 2:19-21
Autor: Matheus Simões Ferreira é casado com Amanda e é pai da Rebeca. Formado em Teologia pela Faculdade Batista de Minas Gerais e pós-graduado em Gestão de Equipes e Marketing pelo Ipemig, é pastor batista, escritor e músico. É o autor do livro “Andar como Ele andou”, publicado pela editora da Convenção Batista Mineira. Foi presidente da Juventude Batista Mineira (JUBAM) entre 2022 e 2024, e há 6 anos é pastor auxiliar na Igreja Batista Graça e Paz em Divinópolis-MG.
Texto Devocional
J.R.R. Tolkien, autor da saga “O Senhor dos anéis”, era um cristão fervoroso, e como tal, recheou a saga de princípios e nuances do evangelho. É fácil perceber em “O Senhor dos Anéis” a moral e ética cristã, presentes em toda a saga. A história ocorre num tempo e espaço imaginário, a Terceira Era da Terra Média, que é um mundo inspirado na Terra real, mais especificamente, segundo Tolkien, numa Europa mitológica, habitado por humanos e por outras raças: Elfos, anãos (anteriormente “anões”), hobbits e orques.
O último livro/filme da saga relata o confronto final entre as forças do bem e do mal que lutam pelo controle do futuro da Terra Média. Nesse último episódio, Gandalf, o Branco diz a seguinte frase antes da batalha contra as forças do mal:
“A jornada não acaba aqui. A morte é apenas um outro caminho que todos temos que tomar.” (Gandalf, o Branco)
Num exemplo fictício, Tolkien demonstra o porquê seguir o nosso propósito importa na vida de um verdadeiro discípulo. Importa porque a jornada não acaba aqui, e se não acaba aqui, a morte é apenas um caminho.
Gandalf é um exemplo fictício, mas Paulo é um exemplo bíblico, e ensina exatamente a necessidade de morrer para viver. Em Gálatas 2 e Filipenses 1, a jornada do apóstolo sofredor, o discípulo imitador de Cristo, encontra a cruz. A vida com Cristo é o que mais importa, e por essa razão, importa que ele viva em nós e nosso eu seja pregado no madeiro. Paulo soube bem o que isso significava. Durante sua trajetória missionária, sofreu e suportou muitas dores por Cristo. Contanto que o evangelho fosse anunciado, ele se satisfazia, independente das dores que ele acumulava de cidade em cidade.
O discípulo de Jesus precisa crucificar sua vida com Cristo todas as vezes que se depara com a mentira, fofoca, maledicência, promiscuidade, infidelidade, injustiças, todo tipo de indecência (pornografia), etc. Ao fazê-lo, estamos dizendo com essa atitude que Cristo importa realmente para nós. Em um mundo regado a uma cultura infiel e transviada que busca agradar uma natureza carnal, o discípulo de Cristo abandona tudo porque Cristo é que importa.
Paulo sabia que era preciso mortificar a carne toda hora, e com toda a humildade, sabendo da sua fraqueza, rogar as misericórdias de Jesus para vencer o pecado. Jonas Madureira, ao escrever o livro “O Custo do Discipulado” diz que “Discipulado é submeter-se a Cristo e não mais viver como se todas as coisas orbitassem ao nosso redor. Discipulado é auto esquecimento.” Logo, se importa, é preciso pagar o preço da submissão ao senhorio de Cristo.
Porque Cristo importa, precisamos tomar a nossa cruz, e seguir nesse caminho. Seremos discípulos quando o nosso olhar para o próximo demonstrar graça e não acusação, perdão e não remorso, amor e não indiferença, misericórdia e não nosso senso de justiça. Que você olhe para a sua jornada como Paulo, que esquece da vida autocentrada, e olha pra cruz de Cristo.
Motivo de oração:
Peça a Deus que traga ajuda para viver como um discípulo verdadeiro de Cristo.
Sugestão de música para reflexão sobre o tema,
Eu vou passar pela cruz – PG