Devocional

#30 A quem oramos?

Texto bíblico: Mateus 6. 5-13

Autor: Rebecca Araujo mora na Serra – ES. É membro da Primeira Igreja Batista em Barcelona. Atualmente é Coordenadora de Intercessão e oração da JBB

Devocional

Se você é um cristão que foi ensinado e motivado desde o início da sua caminhada de fé a orar, por certo tem o costume de fazer algumas orações de maneira habitual ao longo do dia: ao acordar, antes das refeições e antes de dormir. No entanto, pode ser que, assim como a maioria, as vezes você se veja caindo no automatismo do cotidiano, realizando orações vazias, repetitivas e até mesmo sem pensar a quem elas são direcionadas.

 

A Bíblia nos relata que, certo dia, tendo Jesus terminado uma de suas orações, os discípulos lhe pediram: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lc.11.1). Ao ouvir aquilo, Jesus apresentou algumas dicas valiosas (Mt. 6.5-8) e um modelo de oração (Mt. 6.9-13) que não serviu apenas aos primeiros discípulos, mas continua a nos ensinar na contemporaneidade.

“Pai nosso” é o termo usado por Jesus no início da oração, o que nos faz lembrar que é por causa dEle e para Ele que nós devemos orar, dedicando nosso coração, Além de nosso Pai, é criador, amigo e Senhor. Em seguida, Jesus rende adoração ao Pai e pede que a vontade dEle seja feita, para somente após isso pedir pelo pão, por perdão e por livramentos. Assim, fica a pergunta: ao orar, nós temos nos lembrado de que é ao Pai que devemos orar?

Ainda é possível fazermos algumas outras perguntas: “Se não ao pai, a quem temos orado?”, “Onde nossos corações têm estado durante nossas orações?”, “Qual a nossa motivação ao orar?”, “O que move as nossas orações?” e “Nossas orações têm sido sinceras e constantes?”.

Ao respondermos tais perguntas com honestidade, pode ser que encontremos respostas desagradáveis sobre nós mesmos, mas necessárias para que nosso coração, tão frágil e leviano, encontre ao Senhor verdadeiramente, e assim, sejamos firmados Nele, fortalecidos em seu amor.

Sem essa reflexão, é bem provável que nos tornemos como aquelas pessoas das quais Jesus relata no início de Mateus 6, às quais “gostam de orar em público […] onde todos possam vê-las” (v.5) e “que pensam que por muito falarem serão ouvidas” (v.7). Pessoas tão cheias de si, que não se atentam ao que realmente importa na oração: render os seus corações ao Pai, a fim de que tenham um relacionamento cada vez mais profundo com Ele, que é o único que pode moldar e mudar corações, afinal, as nossas orações não mudam a Deus, mudam a nós mesmos (C.S. Lewis), pois se são feitas a Ele, damos permissão para que a vontade dEle seja feita em nossas vidas.

Então, ao orar, que nossas palavras, sentimentos, silêncios e lágrimas sejam direcionadas ao nosso Pai; que todas as nossas expectativas, frustrações, sonhos e necessidades sejam deixadas aos pés dele, para que haja espaço em nossos corações para a presença Dele e o seu querer.

Deus não desconhece nada a respeito de nós, muito pelo contrário, Ele deseja que o procuremos e nos permitamos ser encontrados por Ele, para vivermos o que é bom, agradável, perfeito (Rm. 12.2b) e, principalmente, o que resultará na eternidade com Ele.

Oração

  • Para que possamos fazer nossas orações conscientes da presença do Pai, e assim nosso relacionamento com Ele seja aprofundado.

Sugestão de Música

Pai nosso – Ministério Pedras Vivas. Link: https://youtu.be/NYFcTj-KmvI