Devocional

#15 Tendo novo ânimo nas aflições

Autor: Moisés Victor Guedes de Carvalho, residente em Goianinha/RN, Vice-Presidente da Primeira Igreja Batista em Goianinha, Líder de Jovens na Igreja e Líder da JUBARN (Juventude Batista do Rio Grande do Norte).

Texto inspirativo: João 16:33

Somos pessoas em constantes conflitos existenciais. Aqueles que podem até se caracterizar publicamente como o mais piedoso, o mais confiante, o mais esperançoso e o mais amoroso, até aqueles que tem em suas características morais evidentes, atributos acentuados associados a ansiedade, insensatez, insegurança, bem como, os que são reconhecidos por atitudes gravíssimas de comportamento moral decadente. Considero, mesmo assim, que todos nós somos indivíduos que temos que lidar com todo o caos que existe em nós se tivermos uma vida dissociada da Graça divina. Fracassamos quando somos totalmente independentes e não teremos nenhuma capacidade de vivenciar o novo que o Espírito Santo quer fazer em nós e a partir de nós.

No contexto da narrativa Bíblica em destaque, Jesus estava se despedindo dos seus discípulos e apontando para a obra do Espírito Santo, o consolador.  O capítulo expõe as reações daqueles homens que pareciam não entender todo o discurso, então Jesus vai logo afirmando que eles o abandonariam. Agora é hora de olhar para os nossos fracassos. Aqueles homens tiveram suas vidas transformadas, conviveram com Jesus, receberam uma missão digna de grande privilégio, mas o próprio comissionador reconhecia as limitações desses homens. Fracassamos quando não entendemos que o poder é de quem nos chamou, de quem nos comissionou a fazer discípulos e que nos condicionou a ter essa novidade de vida. Por que fracassamos? Alguns teólogos acreditam que esses discípulos foram presunçosos e isso os tenha levado a não entender as palavras de Jesus nos versículos 29 e 30 e, penso logo, quantas situações revelam esse lado nosso, presunçoso, arrogante, auto suficiente e como isso acaba nos levando a criar nossos objetos de segurança e confiança, totalmente apartados da ação do Espírito Santo. E não tem como, fracassamos, abandonamos quem não deveria.

Mas existe esperança para nós, para nossas famílias, para nossas Igrejas, para nossa Juventude. Uma promessa consoladora é revelada nesse versículo. Jesus olha para além do fracasso, percebe a restauração e termina seu discurso com encorajamento. Jesus não nos adverte sobre o nosso pecado para nos abater, não foi assim com os discípulos no contexto bíblico e não é assim conosco, mas para termos paz nele. Jesus nos encorajou a ficar firmes e termos bom ânimo, porque passaríamos por todas essas aflições que afetam a nossa existência, mas a vitória está ao nosso alcance, na pessoa do próprio Jesus. Desse modo, aquele que era homem de dores, que estava prestes a trilhar seu vale escuro da morte, traz palavras notáveis, onde destaco: “não desanimeis”. Algo novo sempre irá acontecer se permitirmos que a ação do Espírito Santo mova sempre a nossa vida para vivermos o novo de novo, mesmo em meios às terríveis aflições.

Motivo de oração: Que Deus traga encorajamento para nossa juventude em meio aos tantos conflitos vividos.

 Colocando em prática: Desenvolva disciplinas espirituais, como tempo contundente de oração e de leitura bíblica, para enfrentar todas as demandas, sabendo que os nossos conflitos são partes de nossa rotina. Disciplinas espirituais nos ajudarão a não desanimar.

 Música para reflexão: Banda Tanlan – Epifânia https://www.youtube.com/watch?v=lQ_CP2l2wak